Mais do que um lugar da moda para ver e ser visto, o Hyde Park tem servido de palco para diversas cenas de romances ambientados na Inglaterra na época da Regência e na era Vitoriana. Quem não se lembra da passagem memorável em que Anthony Bridgerton cai no Serpentine depois de tentar salvar o Newton, cãozinho da patroa Kate?
Nesta série de postagens, irei comentar sobre a história e sobre as curiosidades do famoso parque londrino.
As terras onde Hyde Park está situado foram adquiridas por Henrique VIII e pertencem a Westminster Abbey. Na época, as terras foram transformadas em um terreno de caça e só seriam abertas ao público em 1637 no reinado de Charles I, que foi o responsável pela construção de um caminho, chamado Ring, para que os membros da Corte Real pudessem passear com suas carruagens.
Em 1730, a Rainha Charlotte fez um pedido a Charles Bridgeman, jardineiro Real, para que fizesse alterações na paisagem do Hyde Park. Acreditando que as despesas seriam arcadas com o dinheiro privado da Rainha, o Rei George II generosamente se absteve de interferir em seus esquemas. Somente após a morte da Rainha, em 1737, que o monarca descobriu que seu próprio dinheiro havia sido utilizado nesta e em outras melhorias do Hyde Park.
Com as melhorias, o Ring, que estivera em voga por mais de um século e vira sua popularidade cair quando Newmarket foi transformado em um grande centro de corridas, foi removido para dar lugar a criação de um lago ornamental. O rio Westbourne — que naquela época formava ao longo do parque cerca de onze lagoas naturais — foi represado e originou, junto com o rio Tyburn, o que ficou conhecido como o Serpentine. Cerca de duas centenas de pessoas foram envolvidas no projeto e acredita-se que os custos da criação do famoso lago sinuoso do Hyde Park tenham sido modestos: apenas seis mil libras.
De acordo com John Feltham no The Picture of London, em 1813 o Hyde Park funcionava diariamente das 6h até às 21h.
Todas os tipos de carruagens eram permitidas nas dependências do parque, exceto carruagens de aluguel ou diligências.
Cinco portões guardavam as entradas do parque: Cumberland-Gate, na extremidade oeste da rua Oxford; Grosvenor-Gate, na Park Lane; o portão na extremidade oeste de Piccadilly, chamado de Hyde Park Corner, e o portão próximo à entrada da vila de Kensington.
Cumberland Gate Grosvenor Gate Hyde Park Coner
Fontes
The Modern London – Richard Phillips (1804) Hyde Park – It’s History and Romance – Alec Tweedie (1908) The Picture of London – John Feltham (1813) https://www.regencyhistory.net/2018/01/hyde-park-in-regency-london.html
Imagens
– Hyde Park – John Martin, 1789–1854, British, Hyde Park, ca. 1815, Oil on panel, Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection, B1993.30.18 – John_Ferneley_-_William_Massey tanley_driving_his_Cabriolet_in_Hyde_Park_-_Google_Art_Project – The Serpentine, Hyde Park. Pintura atribuída a George Sidney Shepherd, 1784–1862. Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection, B2001.2.92 – PAUL SANDBY (1731-1809) – View near the Ring in Hyde Park, looking towards Grosvenor Gate, during the Encampment 1780 – Paul Sandby RA, 1731–1809, British, The Gunpowder Magazine, Hyde Park, ca. 1793, Watercolor, pen and gray ink and graphite on medium, cream, moderately textured wove paper, Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection – View of Cumberland Gate, from within the park, looking out towards the buildings and streets beyond, a small lodge to the right of the gate. c.1820 Watercolour © The Trustees of the British Museum – George Sidney Shepherd – Grosvenor Gate, Hyde Park, London (1784–1862) – View of Hyde Park Corner, looking west, Apsley House on the right, a carriage waiting outside, elegantly dressed people on the pavement; illustration to the Picturesque Tour. 1800 Etching and aquatint © The Trustees of the British Museum
Opmerkingen